Idosa de 116 anos de Aparecida tem chance de ser mulher mais velha do país

Uma moradora de Aparecida do Norte, no interior de São Paulo, pode ser a mulher mais velha do Brasil. Prestes a completar 117 anos, no dia 9 agosto, a mulher nascida em 1900 é apenas cinco meses mais nova que a jamaicana reconhecida como a pessoa mais velha do mundo.

De acordo com o Gerontology Research Group, instituto norte-americano responsável pelo ranking das pessoas mais velhas do mundo, Maria Benedita, moradora do Vale do Paraíba, pode ser a mulher mais longeva da história do Brasil e ocuparia, atualmente, o terceiro lugar no ranking das pessoas mais velhas do mundo.

Para obter o reconhecimento oficial do órgão é necessário apresentar uma série de documentos que validem a idade, além do RG, por exemplo. A família da mulher tenta levantar esses documentos para apresentar ao representante brasileiro do Gerontology Group.

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Atualmente, a idosa mora com um de seus filhos e sua nora na mesma cidade onde nasceu e viveu toda vida. Mãe de 21 filhos, sendo 18 deles adotados, a mulher tem mais de 30 netos e cinco bisnetos. Viúva, Maria Benedita sempre trabalhou como dona de casa e nunca frequentou a escola.

“Ela é uma verdadeira batalhadora. A vida inteira se dedicou a cuidar de seus filhos, dentre eles 18 crianças abandonadas que adotou. Ela é muito querida por todos da família e o pessoal sempre que pode vem visitá-la”, disse o filho de dona Maria Benedita, Clayton Oliveira.

Ela sempre gostou de ir à missa e ia pelo menos uma vez por semana à celebração – a cidade onde mora é sede do maior templo católico do Brasil. No entanto, com o avanço da idade, a família tem evitado que ela saia de casa nos últimos meses.

“Ela fica muito cansada quando vamos à missa, então nos últimos quatro ou cinco meses não estamos mais indo com ela”, disse a nora Lucimara Bento.

Na dieta, a idosa inclui a ingestão de pelo menos um banana por dia e adora pipoca. “Ela gosta muito de pipoca e toma vitamina de banana todos os dias.

Apesar da idade, minha sogra não toma nenhum medicamento e não pega uma gripe há anos. Tenho certeza que vai viver muitos anos ainda”, completou a nora.

Dona Maria Benedita pode ser a mulher mais velha da história do Brasil. (Foto: Arquivo Pessoal/ Lucimara Bento)

‘Supercentenários’

O ranking dos ‘supercentenários’ – pessoas com mais de 110 anos – é administrado pelo Gerontology Research Group (GRG), que tem representantes em diversos países e é a principal fonte de dados do Guinness Book, o livro dos recordes.

O grupo é responsável por comprovar a idade dos idosos e atualizar diariamente as informações.

Para colocar uma pessoa no ranking dos supercentenários é preciso comprovar sua idade por meio de documentos oficiais de três épocas de sua vida. Um dos primeiros 20 anos de vida, outro entre os 20 e 60 anos e um atual, após os 60 anos de vida.

“Os documentos podem ser certidão de nascimento, comprovante de batizado, certidão de casamento, carteira de trabalho, CPF ou RG. É muito importante haver os documentos das três épocas para poder comprovar a idade”, explicou o representante do GRG no Brasil, Ricardo Lago.

Atualmente o ranking conta com uma jamaicana de 117 anos na primeira colocação e uma japonesa de 116 anos no segundo lugar. Se fosse ‘regularizada’ pelo grupo, dona Maria Benedita ficaria no terceiro lugar da lista e se tornaria a mulher mais longeva da história do Brasil.

“Infelizmente a antiga casa da dona Maria desmoronou e perdemos todos os documentos antigos que ela tinha guardado. Seria muito bacana colocá-la no ranking, mas não temos nada dos primeiros 20 anos de vida dela”, disse Lucimara.

Outros casos

O Brasil conta com outros casos de pessoas com idades elevadas, como a idosa de 126 anos que morava na Bahia e morreu em dezembro do ano passado. Ela não chegou a figurar no ranking dos supercentenários do Gerontology Group.

Também em dezembro do ano passado morreu Alida Victória Grubba Rudge, aos 113 anos, a única brasileira que estava presente no ranking, moradora de Santa Catarina. Ela ocupava a 16ª colocação quando faleceu.

Além disso, no Acre mora o ex-seringueiro José Coelho de Souza, que segundo familiares, tem 132 anos de idade e seria o homem mais velho da história do mundo.

Fonte: G1

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